Professora Mary Lins
Sempre uma boa dica
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Novo acordo ortográfico -I
- Ôo, olha o trânsito.
- Tira os acentos!
- Como?
- Assim enjoo, a águia fez um voo no zoo, agora são sem acentos por tanto...
- E o chepeuzinho entra aonde?
- Não é chapeuzinho, inteligência, é acênto circunflexo.
- Não serve mais?
- Serve, você só não vai mais acentuar as palavras terminadas em ôo e êem.
- Hein? Eem?
- É, eles veem o filme, leem o livro e antes de dormir eu os abençoo.
- ok, está certo.
- Ah, você sabia que agora as letras K,W e Y fazem parte do nosso alfabeto?
- Sim, isso eu já sabia, sempre achei que fizessem, nós usamos tanto.
- É verdade, acho isso jóia.
- Joia, isso tem ditongo aberto e é paroxitona, "oi", perderá o acento, que nem "ei".
- Ditongo? Mas o que é ditongo? Explica!
- É um som de vogal ou vocálico, como alguns preferem, com um som semivocálico(quase de vogal) emitidos num só esforço pela voz.
O ditongo é diferente do hiato porque o hiato é constituído de duas vogais e pronunciado em sílabas diferentes, separadas,
já o ditongo pronuncia junto.
- Me dá um exemplo de hiato?
- Aéreo, leal, pior, raiz, ruído, são hiatos.
- Geleia, joia, estreia, boia, colmeia e asteroide, sao ditongos abertos, ficam sem acentos.
- Negócio complicado, vai demorar uns cinquenta anos para o povo decorar isso.
- Cinquenta? Pode ser que demore mesmo. Se for escrever cinquenta tire o trema.
- Isso eu já fazia.
- Então, vai ficar mais fácil.
- Pera! Sabia!!!
- Que foi? Esqueceu algo?
- Sim, tenho que ir no supermercado comprar pera e uva para minha mãe.
- Ah, sim, para aqui, aqui perto tem um mercadinho que vende frutas boas.
- Vou lá comprar, me esperem, não demoro.
Novo acordo Ortográfico - II
- Afasta o carro, tem um micro-ônibus querendo passar, vamos estacionar alí, é melhor, enquanto o Paulo não volta.
- Acho que eu vou na farmácia comprar um anti-inflamatório.
- Passa lá no mercadinho e pede ao Paulo para trazer umas pipocas de micro-ondas para nós.
- É, filme sem pipoca não dá.
- Cara, anteontem eu deixei a porta de casa semiaberta ainda bem que moro num condomínio fechado e com porteiro.
- Mas por quê deixou a porta semiaberta?
- Eu estava cansado, havia vindo do médico depois de um dia de trabalho, fui fazer uma ultrasson do joelho, estava com as mãos cheias com um saco enorme de feijão-verde que trouxe da fazenda de minha sogra, lá em Jacareí, chutei a porta e pensei que havia fechado já que havia ouvido o trinco batendo mas de madrugada acordei para ir ao banheiro e vi uma fresta de luz, era a porta aberta.
- Ainda bem que você não foi assaltado, seu maluco, você podia nos levar na fazenda de sua sogra.
- É, seria superinteressante se você pudesse nos levar lá na fazenda para passar um fim de semana.
- Mas lá não é um mini-hotel e apesar de sermos todos superamigos, não seria uma boa ideia, vo0cês são muito bagunceiros.
- Opa, lá vem os caras.
- Aqui as pipocas de micro-ondas, já tomei meu anti-inflamatório.
- Cara, tinha uma menina de minissaia no mercadinho, coisa de louco.
- Ah, eu encontrei com aquele ex-aluno seu, na farmácia, aquele que ganhou vários troféis
- O que é isso aí? Está cheirando, estou com uma fome...
- Ah, são uns pastéis para nós comermos, mas deixem três separados aí, um é do antirreligioso do meu pai e os outros dois são para meus irmãos.
- Qual é, por quê Paulo? Poxa...
- Se comerem tudo, alguém vai ter que ir lá comprar mais.
- Toma, separa logo esses.
- E o refrigerante? Ninguém trouxe?
- Tem chá de erva-doce no porta malas, na garrafa térmica, vai?
- Não, se fosse mate gelado, com limão, ainda ia. Prefiro comer assim mesmo.
De volta às aulas.
Houve certa vez uma mãe que estava tentando acordar o filho. Ela disse a ele: "Acorde, meu filho – ou ficará atrasado para a escola!" O filho voltou-se para a mãe e, meio adormecido, respondeu:
"Dê-me um bom motivo para eu acordar? Há 500 alunos na escola e todos me odeiam. Há três dezenas de professores que se ressentem pelo fato de eu ir à escola toda manhã."
"Vou lhe dar dois bons motivos" – disse a mãe. "Você tem 44 anos e é o diretor!"
As crianças, também, às vezes podem achar difícil ir para a escola. Procuram qualquer desculpa que exista na face da terra. Se não estivermos preparados para isso, podemos nos ver às voltas com uma experiência desagradável. Talvez eles digam coisas como "Odeio a escola. Odeio meus professores. Queria ter uma folga de um dia. Sinto-me doente." Talvez seja verdade, ou talvez eles simplesmente não queiram ir para a escola.
A qualidade da escola e o tipo de ambiente que ela proporciona aos alunos está basicamente nas mãos dos professores e da administração. Apesar disso, há muito que podemos fazer, como pais, para tornar a vivência escolar de nossos filhos a mais agradável possível.
Algumas são:
1 – Eduque a si mesmo. Quando os filhos vêem os pais envolvidos em programas de educação para adultos, ou simplesmente estudando e se auto-educando em casa, isso estabelece um exemplo de que aprender é importante.
2 – Demonstre respeito para com a escola e seus funcionários quando falar com eles ou sobre eles. Um filho que escuta os pais criticando seus professores, ou fazendo declarações pejorativas sobre a escola, não poderá ter uma atitude positiva sobre o ensino.
3 – Peça a seu filho para compartilhar uma experiência agradável e uma desagradável que ele tenha vivido na escola – passando a ele a lição que a vida é uma combinação de experiências agradáveis e desagradáveis.
4 – Pergunte à criança: "O que aprendeu de novo hoje na escola?" A criança sentirá que está progredindo e se desenvolvendo.
5 – Ajude a escola de seu filho, angariando fundos ou fazendo alguma outra atividade. Isso mostra para a criança que a escola é importante também para você.
6 – Compareça a todas as reuniões de pais e mestres. Uma professora certa vez perguntou-me: "Por que exatamente aqueles pais com quem preciso tanto conversar, porque os filhos estão tendo problemas e sua opinião é necessária, não comparecem às reuniões?" Por outro lado, os pais cujos filhos estão indo bem sempre vão a todos os eventos promovidos pela escola." Minha resposta foi que a própria pergunta dela já era a resposta. Talvez o motivo para aquelas crianças estarem passando por dificuldades seja que os pais não se importam o suficiente para se envolver com a escolaridade dos filhos. E talvez os outros pais não sejam tão necessários nas reuniões exatamente porque comparecem a elas!
7 – Deixe seu filho faltar à escola um dia em raras ocasiões, para passar um tempo agradável com um dos pais ou simplesmente para ter uma folga.
8 – Associe a ida à escola com um presentinho, como um lanche especial ou algum trocado para gastar na cantina da escola.
9 – Coloque um bilhetinho surpresa na lancheira da criança, dizendo "Eu te amo".
10 – Se é você quem leva as crianças para a escola, tente levá-los alguns minutos antes. Isso lhes dará tempo para brincar com os amigos e entrarem no "ritmo escolar" antes de começarem realmente os estudos. Não os leve depois da hora – isso os poupa de constrangimentos e das conseqüências associadas ao atraso. E certifique-se que eles podem contar com você para apanhá-los de volta na hora marcada.
Estas são apenas algumas idéias, e estou certo de que com criatividade todos os pais poderão ter mais algumas. O principal é dar o exemplo e se envolver, criando associações positivas com a experiência escolar de seu filho.
Há um antigo costume judaico que quando a criança começa a aprender o alfabeto hebraico, jogamos algumas balas e colocamos mel sobre as letras, para a criança lamber. Isso é para criar uma doce âncora e uma associação positiva com o estudo.
Tente – isso funciona
Dicas para professor
Prepare-se
Às vésperas da primeira aula, um professor pode ter algumas reações desagradáveis, como ansiedade e medo. O novo professor também pode acreditar que é tímido, e ter dúvidas quanto ao seu desempenho em sala. Não creio que isso possa ser considerado "normal", mas são reações freqüentes. Na minha opinião, isso decorre de uma avaliação distorcida que fazemos: imaginamo-nos dando aulas e as coisas dando errado, só que não incluímos na avaliação a preparação que iremos fazer. Você pode considerar os medos e ansiedades como procedentes, se você fosse dar aulas naquele momento. Inclua uma preparação no caminho entre o agora e o momento das aulas e você vai perceber que as emoções vão se modificando à medida que você vai se preparando. Isto vale, é claro, se você pretende se preparar o necessário para o que vai fazer.
2) Ensaie
Dê a aula antes, para ninguém, para o espelho ou para um conhecido. Se com este, peça para ele criticar e lhe indicar as oportunidades de melhoria. Grave-se ou filme-se dando aulas e depois escute ou veja procurando oportunidades de melhoria (faça isso antes que a realidade lhe mostre). Se você nunca deu uma aula antes, quase tudo é novo, e há muito, muito que você não sabe e que nem sabe que não sabe.
Procure variar o tom de voz, é mais difícil prestar atenção a uma voz monótona. Repita e/ou enfatize com a voz algumas passagens mais importantes.
Minhas sugestões para essa preparação:
1) Planeje bem as aulas
Faça um planejamento detalhado do que vai fazer, em conteúdo e estrutura, o que vai por no quadro, o que vai dizer. Improviso é para quando você estiver mais maduro e mais à vontade. Se quiser modelos de planejamento, veja o Almanaque do Professor.
Você pode usar também mapas mentais, seja para planejar, seja para apresentar o conteúdo para os alunos, seja para estes estudarem. Veja no link acima a seção com exemplos, modelos e roteiro de elaboração, entre outras coisas. Mapas mentais também requerem prática e dedicação para sairem bem-feitos, mas está no futuro das escolas, pode ter certeza. Se você os usar bem, já estará se diferenciando dos outros professores, para melhor.
É bom que você tenha experiência significativa com o conteúdo, aí pode se concentrar na parte didática. Se não tem, sugiro que a adquira rapidamente ou lecione outra matéria. Nada pior do que um professor teórico, que acaba investindo a maior parte do tempo em seu próprio aprendizado e não no aperfeiçoamento do planejamento, da comunicação e outros aspectos do ensino.
Lembre-se de que todos nós gostamos de variação e não gostamos de monotonia. Varie as estratégias de ensino, faça os alunos se mexerem de vez em quando, faça perguntas, faça-os trabalhar em dupla ou em grupo. Se estiverem inquietos, dê 2 minutos para fazerem o que quiserem. De vez em quando, certifique-se de que estão acompanhando; conforme o caso, um conceito perdido compromete o restante da aula. Dirija-se a um aluno específico; alguns alunos nunca abrem a boca por iniciativa própria, talvez por medos como gozações de colegas ou "pagar mico".
E faça o possível para dar plantões ou ter plantonistas para atendimento individual, os alunos aprendem muito melhor com as respostas às suas próprias perguntas.
Esta demonstração NÃO corresponde à formatação real.
Verificar a formatação real diretamente no seu site.
3)Segure as rédeas da turma
Um ponto essencial em classe é você reconhecer e saber que você é a autoridade. Os alunos testam os limites para saber como se portar e usam o que acontece como referência para o que vão fazer. Se alguém conversar alto e você não fizer nada, abre caminho para que aconteça de novo. E se você disser que vai mandar alguém embora se atrapalhar e o fizer duas ou três vezes, vai ter um padrão que permite aos alunos prever o que vai acontecer, e aí não vai precisar mandar ninguém embora. O importante aqui é você ter bem claro para si mesmo o que quer e saber que é o responsável por fazer isso acontecer.
Por outro lado, é importante preservar um bom e amigável relacionamento com os alunos, senão te "fritam" e você não consegue alcançar o objetivo. Assim, um dos objetivos iniciais é construir um bom relacionamento com a turma e com os alunos, o que vai lhe permitir depois chamar a atenção deles sem que eles achem que você os odeia (sobre isso, veja a matéria Golfinho esperto, nesta seção). Para isso, procure os lados bons de cada um: um é estudioso, o outro é cordial e respeitoso, todos têm qualidades, e você é que tem que percebê-las. Se tiver que fazer algo drástico, como mandar alguém embora, faça-o na boa, sem "matar" o relacionamento com ninguém. O que você diz é secundário; a maneira como o diz é muito mais significativa.
Nosso papel em sala é análogo ao de uma boa enfermeira, que não liga se o doente é chato ou não, ela tem uma missão e precisa fazer o que é preciso para cumpri-la, e precisa então relevar, ignorar e esquecer as coisas que a tiram do foco e não contribuem para os objetivos.
4) Coloque-se no lugar do aluno
Um exercício muito bom que você pode fazer é, estando relaxado, visualizar-se sentado numa das carteiras, na posição de aluno. Experimente e descubra as vantagens. Uma professora de Biologia que conheço prepara as aulas assim: lê a matéria, monta o quadro na mente e se coloca na posição de um aluno para verificar se está bom.
Outra coisa boa é lembrar-se de suas próprias experiências como aluno, como o que gostava nos professores e como se relacionava com eles, o que sentia, como se motivava, influência dos colegas. .
5) Tímido, eu?
E se você acredita que é tímido, permita-me não acreditar nisso, garanto que tem situações em que você não age timidamente. É uma situação nova e requer preparação, e uma vez preparado o suficiente, você vai se sentir mais confiante e com vontade, sabendo que vai fazer um bom trabalho ou pelo menos que fez o seu melhor para isso, e vai continuar melhorando na medida de sua dedicação. Para isso você só precisa de foco: durante um tempo, priorizar a nova atividade e dedicar todo o tempo possível. É querer de verdade fazer o melhor possível. Depois é mais tranquilo.
6) Melhore-se
Para o futuro, mantenha ao lado, leia e procure aplicar as idéias de livros de didática, em particular os de PNL. Recomendo:
- Treinando com a PNL (O'Connor e Seymour)
- Enfrentando a Audiência (Robert B. Dilts)
- Aprendizagem Dinâmica I e II (Dilts e Epstein)
- Almanaque do Professor - Modelos, técnicas, estratégias e muitas outras idéias que juntei e que podem lhe inspirar.
Ponha na cabeça e no coração que haverá sempre algo a mais para se aprender, seja com livros, com colegas, consigo mesmo, com o coordenador ou com feedbacks de alunos. Descobrir que não sabe algo é um avanço, lembre-se disso. E, como disse o Millôr, "Aula em que o professor não aprende nada é uma aula inútil".
Em síntese
Se eu fosse resumir, diria que o mais importante é: vai acontecer, e você precisa se preparar para isso. A certeza de que vai acontecer, junto com a vontade de fazer bem-feito, é que mobilizam seus recursos e suas capacidades, é que fazem com que você dedique 5 minutos a mais. O resto é decidir como será feito e aprender com a experiência ao invés de lamentá-la. E não se iluda: você vai se enriquecer devagar, um passo de cada vez.
Boa sorte! Uma frase para fechar: "Quanto mais eu trabalho, mais sorte eu tenho!"
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